Noite de Terça para Quarta feira
Narkissa estava pronta para sair com sua irmã até ser "raptada" por Havoc, eles dois saíram e a Russa até pensou em voltar mas viu Jiggly indo em direção do quarto, ela falou com ele e depois seguiu Havoc. Narkissa abraçou o braço dele de forma carinhosa e saiu com ele do hotel, ele estava de moto a mulher olhou a mato e depois o olhou.
Narkissa: - Uma moto? Havoc estou de saia não posso andar de moto assim.
Havoc: - Para de reclamar e sobe ai. Toma, um capacete.
A mulher bufou e revirou os olhos se sentando atrás de Havoc e o abraçando para não cair, ela já havia andando muito de moto com ele mas foi no passado, e agora lá estava ela novamente. Ele arrancou com a moto e eles foram andando pelas ruas de Tampa, ela sentia o vendo no rosto.
Havoc: - Vai falar que isso não é divertido?
Narkissa: - Cala a boca.
Ele deu risada da resposta da loira, realmente era bem divertido e ficar abraçada nele era mais ainda, depois de uns minutos andando ele parou a moto em frente a um parque, ele desceu e ajudou ela a descer.
Narkissa: - O que estamos fazendo aqui?
Havoc: - Você vai ver.
Ele abriu um tipo de mochila que tinha na moto e pegou um saco marrom, eles dois entraram no parque e ele achou uma mesa de pedra para eles sentarem para comer, quando abriu o saco tirou duas caixas de lanches, a mulher deu risada.
Havoc: - Ta rindo de que??
Narkissa: - Você me tira da minha irmã, me traz para um parque cheio de árvore com quase ninguém, para comermos fast food? Isso só pode ser brincadeira.
Havoc: - Ihhh ta toda metida ai, eu não tenho dinheiro pra gastar com você em restaurante chique não, ainda que comprei seu lanche favorito...Quer dizer se ainda for né.
Narkissa: - Não foi uma critica, e não precisava ser um restaurante caro. Deixa eu ver, estou com fome mesmo e não sou metida, apenas achei engraçado seu raciocínio.
Havoc: - Pra que gastar uma grana em um lugar aonde você vai fazer chilique de comer uma salada? Nem fodendo, agora você come seu hambúrguer sem medo de ser feliz.
Ele deu a caixa do lanche para a mulher e pegou os refrigerantes, ela não parava de rir do jeito dele.
Narkissa: - Você é um idiota.
Ela disse dando um gole no refrigerante, e depois abriu o lanche e o pior era que o idiota havia acertado o lanche que ela gostava mesmo, ele se sentou na frente dela e ambos morderam o lanche.
Havoc: - Vai pode falar que tá uma delicia.
Ela falou de boca cheia e ela deu risada.
Narkissa: - É tá bom, ta bom, está uma delicia, você sabe que adoro essas coisas.
A loira respondeu também de boca cheia, tomou mais um pouco do refrigerante para engolir. A noite estava bem agradável, tinham estrelas, a lua, poucas nuvens, o clima estava bom, estava tudo perfeito demais.
Narkissa: - Porque me trouxe aqui?
Ela perguntou o olhando enquanto dava outra mordida no sanduíche e mastigava, ele engoliu o dele e a encarou por um momento.
Havoc: - Mudança de ares.
Narkissa: - Como assim?
Havoc: - Provavelmente os caras com quem saiu na federação te levaram a restaurantes chiques, cheios de frescuras, na esperança de te agradar.
Narkissa: - E você não quer me agradar?
Havoc: - Não. Quer dizer, eu faço o que quero fazer, e eu quis te dar fast food para comer ao invés de te levar um restaurante de frescuras, se você gostar da noite assim ótimo, se não foda-se.
Ele deu de ombros e ela riu, não tinha muito o que dizer pois ele sempre foi desse jeito, não seguia as regras de nada e sempre acabava se dando mal por esses mesmos motivos. Eles voltaram a comer seus lanches e ao terminarem Havoc jogou as coisas fora e eles foram caminhar enquanto tomavam refrigerante.
Narkissa: - Se quiser me matar conheço lugares bem melhores que esse.
Havoc: - Se eu quisesse te matar você sabe muito bem, que EU conheço lugares bem melhores e menos óbvios que os seus. Agora de ser chata e curte a vibe.
Narkissa: - Que vibe? Um serial killer sair do meio das árvores e matar nós dois?
Havoc: - O máximo que pode rolar é a Esther sair correndo nua do meio das árvores por causa de algum ritual esquisito.
Narkissa: - Para de chamar minha irmã assim!
Havoc: - Não citei nomes, você que se denunciou sozinha ai.
Narkissa deu um soco no ombro de Havoc, ele reclamou de dor e passou a mão aonde tinha levado o golpe.
Narkissa: - Seu grande imbecil.
Havoc: - Antipática
Eles andaram até chegar um lago que havia ali no parque, a loira jogou os refrigerantes vazios fora, e Havoc a puxou pela mão para um lugar aonde se andava de pedalinho, claro estava fechado mas isso não impediu Havoc de arrombar a porta e entrar na casinha que tinha ali para pegar um pedalinho. Narkissa ficou olhando para ver se não tinha ninguém e depois de alguns minutos ele conseguiu achar as chaves para abrir o cadeado que prendia os brinquedos.
Narkissa: - Me sinto uma criminosa...
Havoc: - Relaxa, se formos pegos você faz um agrado oral no policial e estamos livres.
Narkissa: - Vai a merda, vou fazer porra nenhuma em policial nenhum.
Havoc: - Meu Deus que boca suja é essa?? Esse é o linguajar da nossa campeã Intercontinental?! Que feio....
Ela deu um chute na bunda de Havoc que estava abaixado abrindo o cadeado até conseguir soltar um pedalinho, ele entrou e chamou a Russa que entrou também, os dois colocaram os pés nos pedais ali e começaram a pedalar indo parar no meio do lago, as estrelas se refletiam na água era muito bonito.
Narkissa: - Adorei...
Havoc: - Viu? Você reclama atoa das coisas, sempre foi assim.
Narkissa: - Fui nada, você não me conhece tanto assim, fica shiu ai.
Havoc: - Conheço o bastante.
Ela o olhou o apertou os olhos, mostrando a língua para o homem. Só estavam os dois ali, claro o parque estava fechado aquela hora, eles pararam de pedalar e ficaram olhando para o céu por uns instantes até a Russa se encostar em Havoc, pondo a cabeça no ombro dele.
Narkissa: - Você pretende pegar o cursed de volta?
Havoc: - Não, porque?
Narkissa: - Porque....Seria legal, você e eu termos algo, mesmo que seja apenas um titulo.
Ela disse mexendo no colar que Havoc sempre usava, ela não o olhava mas sentiu ele se arrumar no banco ela se saiu de perto dele mas o homem a puxou de volta em seguida.
Havoc: - Você quer que eu pegue o titulo?
Narkissa: - Eu gostaria, assim eu e você e a Vio teríamos algo, e claro o Bézinho também.
Havoc: - Você está me convidando para seu mundo? Essas coisas de Deuses, demônios, magia negra, bruxaria.
Narkissa: - Não. Meu mundo não serve para você.
Ela parou de brincar com o colar dele e desencostou dele, ela olhou para as arvores ali do parque com um olhar perdido e um tanto triste, as vozes em sua cabeça começaram a falar e falar, mas ela apenas balançou a cabeça em negativo, Havoc percebeu o clima pesado que ficou entre eles, e começou a chacoalhar o pedalinho espirrando água neles e para os lados.
Narkissa: - Havoc!
Havoc: - Narkissa!
Ela deu risada e jogou um pouco de água nele, o homem limpou o rosto e começou a mexer mais o brinquedo até o pedalinho acabar virando derrubando os dois dentro da água, sorte que a água não estava tão fria.
Narkissa: - Ah! Minha maquiagem, meu cabelo, minhas roupas! Argh!
Havoc: - Calma Kissa, são só coisas, você continua bonita mesmo molhada.
Ela olhou feio para Havoc, ela tinha ficados horas se arrumando e agora estava tudo destruído, sua maquiagem borrou inteira, o cabelo de horas arrumando estragou, suas roupas então estavam totalmente molhadas, ela nadou até o pedalinho e ajudou Havoc e desvira-lo subindo nele em seguida, os dois molhados pedalaram até a margem e ela saiu do brinquedo brava.
Havoc: - Espera ai! Kissa, me espera!
Narkissa: - Sai! Me deixa quieta!
Havoc: - Ei, ei, calma ai se for o caso eu te compro roupas novas, não precisa ficar brava por causa de uma brincadeira boba, não estrague a noite Kissa.
Ela parou de caminhar e o olhou brava, ele tinha estragado todas as suas roupas, seu trabalho de horas, ela respirou fundo tentando manter a calma, foi quando ele a abraçou por trás e encostou a testa na cabeça dela.
Havoc: - Desculpa.
A mulher respirou fundo sentindo o calor do abraço dele, e aquilo a acalmava, era bom, ela fechou os olhos, e começou a rir em seguida.
Narkissa: - Tudo bem, foi engraçado.
Ele a olhou animado e os dois começaram a rir daquilo, ela não conseguia ficar brava com ele por muito tempo. Os dois correram para a moto novamente quando viram um guarda noturno seguindo os rastros de água que eles tinham deixado. Ele ligou a moto e arrancou rapidamente, ao menos desse jeito ia se secar, eles andaram por minutos sem fim até ele parar em uma lanchonete.
Havoc: - Vem, bora comer um doce sei que você adora.
Ela desceu da moto e mesmo toda "estragada" não se importou em entrar na lanchonete, mesmo com uma voz gritanto furiosa em sua cabeça por ela estar aceitando essas coisas baratas. Eles se sentaram e Havoc pediu um sundae com tudo possível nele.
Narkissa: - Quer me engordar? Eu não posso ficar comendo essas coisas.
Havoc: - Depois você perde peso. Quando pretende voltar a treinar?
Narkissa: - Fácil falar. Eu já voltei, quer dizer com a malhação essas coisas, agora aos ringues amanha eu vou começar os treinos.
Havoc: - Beleza, te vejo amanha então.
Narkissa: - Eu treino com a Violetty, sempre foi assim, ou com o Bé de vez em quando.
Havoc: - Dispensa a Esther e o Xé e treina comigo amanha.
O sundae chegou e ele era grande, daria para os dois dividirem e comer juntos, e era isso que estavam fazendo.
Narkissa: - O nome dele é Bé, porque você sempre erra isso? E eu gosto de treinar com eles.
Havoc: - Na verdade o nome dele é Filipe, Té é o nome da família dele. Então vou treinar com vocês, olha só treinando com os fodões do Olimpo da NWR.
Narkissa deu risada da forma como ele falou e deu de ombros, se ele queria treinar com eles ela duvidaria um pouco que Bé ou Violetty se importariam com isso, eles continuaram a comer o sorvete até acabar, Havoc pagou a conta e eles saíram novamente parando na praia, esse era o bom de estar na florida, tinha praia. Eles iam caminhando na areia, obviamente a mulher tinha tirados os sapatos.
Havoc: - Kissa....Você ainda, toca aquelas coisas e dança aquela outra coisa?
Narkissa: - Não.
Ela respondeu seria enquanto caminhava olhando para o chão e pegando algumas conchinhas, ela deu uma para Havoc que olhou e jogou fora, ela novamente deu um tapa no braço dele que deu risada, vendo a Russa ir pegar a conchinha novamente.
Havoc: - Porque você gostava, não gostava?
Narkissa: - Eu amava, mas as coisas mudaram.
Havoc: - Você me forçou a ir em um monte daquelas coisas e agora diz que "as coisas mudaram"?
Narkissa: - Havy, eu disse que amava, mas parei, agora eu fico com a Violetty e luto, isso é passado e quem vive dele é museu.
Ela respondeu um tanto grossa para ele, não gostava de falar sobre essas coisas ainda mais com ele, preferia viver no presente e deixar o passado para trás, ele segurou no braço e a olhou de forma seria.
Havoc: - Narkissa, falo serio. Porque parou? Você amava tocar piano ou violino, e o balé era quase sua vida, eu lembro de você dançando pra mim e pra Esther, e nós indo ver você tocar ou dançar nos concertos, porque parou e entrou no wrestling?
Narkissa: - Porque sou uma má lutadora?
Havoc: - Não, mas não faz seu estilo.
Ela olhou para o chão e depois para o homem, e deu um sorriso fraco se virando de costas e voltando a caminhar pela beira da água, Havoc percebeu que não teria uma resposta e resolveu deixar as coisas desse jeito, visto que esse assunto não a agradava em nada. Depois de algumas horas ali olhando as ondas ou brincando feito dois idiotas na areia Havoc e Narkissa subiram novamente na moto para irem a último lugar. Eles andaram até um prédio bem alto, esperam até alguém sair e entraram escondido. Os dois subiram as escadas indo até o terraço.
Narkissa: - Quantas leis a gente infligiu para chegar aqui?
Havoc: - Algumas, isso não é o máximo!
Ele falou como se aquilo fosse a coisa mais legal do mundo todo inteiro, ele cobriu os olhos da Russa e a levou até a parapeito e depois tirou a mão dos olhos dela a deixando ver a linda vista do mar e dos outros prédios e casas.
Narkissa: - É lindo Havy.
Havoc: - Eu sempre guardo o melhor para o fim.
Ela estava admirada olhando a cena, era realmente perfeito. Ela não conseguia tirar os olhos dali até sentir uma grande tristeza em seu peito, ela olhou para Havoc que estava do seu lado.
Narkissa: - Dois anos.
Havoc: - Hum? Que? Dois o que?
Narkissa: - Eu parei de tocar e dançar em dois anos.
Havoc: - Kissa, esquece esse assunto ok? Deixa pra lá de verdade, você não quer falar e eu aceito numa boa.
Narkissa: - Você queria saber, estou te contando. Dançar balé era minha paixão, eu realmente amava fazer aquilo, e tocar piano e violino também, eu era a filha perfeita, educada, bonita, e tudo mais só que ai você foi embora....Ai no ano seguinte, meus pais....
Ela apertou as mãos e abaixou a cabeça, seus olhos encheram de lágrimas, e ela tentou disfarçar, Havoc não sabia o que fazer e a abraçou bem apertado, mas ela se afastou um pouco.
Narkissa: - Prenderam a Violetty em um hospital psiquiátrico, eu fiquei sozinha de novo, e perdi a vontade de tocar ou dançar novamente, depois disso as coisas ficaram complicadas na minha família, eles culpavam a Violetty por tudo e...E....Eu queria ter...Feito algo mas....Eles...Eles...arrastaram ela para fora de casa como se fosse um animal raivoso....Eu....Não fiz nada.....eu....eu...
Havoc percebeu que ela estava quase surtando enquanto falava, começou a chorar descontroladamente, até ela a abraçar novamente e tentar a acalmar.
Havoc: - Kissa...Ei, calma, eu to aqui agora, chega dessa assunto ok? Você está aqui, comigo e com a Violetty, ela está bem agora, está lá namorando um pokemon e um bode, e você cuida bem dela, está tudo bem agora.
As lembranças eram ruins para a mulher, ela não gostava de falar sobre isso, pois se sentia mal por ter deixado a sua irmãzinha ter sido presa. Ela ficou abraçada em Havoc por um bom tempo, ela estava fazendo um carinho nas costas da mulher, a acalmando e isso fazia efeito, ela olhou para o horizonte e viu o sol nascendo na praia.
Narkissa: - Você realmente deixa a melhor parte para o final.
Ele riu junto dela, ela só queria ficar abraçada nele e esquecer os problemas do passado e seguir em frente, junto de Violetty e agora com Bé junto, seguir a vida normal. Eles ficaram ali um tempinho até terem de voltar para o hotel aonde estava hospedada a Russa, ela a deixou na porta do hotel, mas ela não deu um beijo de despedida nele, por mais que quisesse sabia que tinha algo errado, Ela estava quieta demais, as coisas quietas demais. Ela se despediu de Havoc e subiu para seu quarto.