❇ A arena onde logo logo começara o Show encontra-se cheia de fãs crianças, adultos e idosos, todos esperavam ver seus wrestlers preferidos de perto. A câmera deu a volta na arena e focou alguns cartazes. ❇
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THEN
NOW
FOREVER
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❇ A câmera gira em 360 pela Crowd bastante eufórica que levantam blusas e cartazes de seus Astros e Divas preferidos. ❇
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Mesa de Comentaristas
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Cole: Ladies And Gentlemen sejam mais uma vez todos bem vindos a mais um Super Show da NWR...E dessa vez esse vai ser sensacional.
E hoje teremos mais uma noite com diversos combates de nossos Astros mostrando seus talentos e claro com suas promos..
Vamos presenciar aqui vários talentos aqui está noite..
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JLB: Yes.. mais uma vez uma noite bastante importante para a empresa sem falar que teremos presença confirmada do scoopey está noite.... ele mais uma vez que dará um Show neste ringue e vai mostrar o seu talento, esse super wrestler acada dia que passa vem nos surpreendendo cada vez mais...
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Cole: Isso é verdade Scoopey realmente é um incrivel wrestler e nao a toa vai tentar reconquistar seu posto de campeão e fora isso ele tem um grande potencial aonde ele passa sinceramente ele acaba com seus adversários alem de quebrar recordes... scoopey é um grande superastro e a maioria dos fãs o admiram e apoiam seu trabalho, ele está se tornando um grande nome para o Wrestling...isso se ele já não for um dos maiores na atualidade
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A câmera mais uma vez da um giro e foca o público bastante inquieto a espera de que algo aconteça quando de repente...
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"THE VOICES"
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A crowd vai a loucura a ouvir aquela theme song e erguem seus cartazes
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RENEE YOUNG QUE ESTARIA AO LADO DA MESA DE COMENTÁRIOS ANUNCIA...
#RENEE Ladies And Gentlemen Please Cheer welcome From Pensacola,Florida Is scoopey
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scoopey entra na arena e desce a rampa olhando para os dois lados da Crowd... continua caminhando, vai até a Steel Step's sobe devagar, adentra ao ringue pega o microfone das mãos de Renee e prossegue seu discurso...
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scoopey:]Espanha, ano de 1500, as pessoas fugiam assustadas enquanto os cavaleiros abriam espaço para os padres passarem, uma pesada porta de aço é erguida, cerrando a porta de uma catedral, trancafiando para sempre pessoas em desespero. Os padres realizam uma reza, a porta de aço abafa os gritos dos condenados.
Os fieis começam a cavar em volta da catedral, cobrindo a construção sagrada de terra, uma construção de madeira é erguida simultaneamente para esconder a catedral para sempre.
Espanha, 2012, um grupo de pesquisadores explode uma gruta submarina, a explosão atinge a costa espanhola, desgastando a construção de madeira, ocorre um deslizamento de terra, uma das torres da catedral fica visível.
Cidade do Vaticano, Itália, um padre travessa os corredores do vaticano apressadamente, ele entra em uma sala onde poucos têm acesso e despeja vários mapas sobre uma mesa. Três bispos estavam a sua espera.
- Controle-se Miguel.
- Perdão eminência, porém estou confuso. Não encontrei nenhum registro desta suposta igreja recém-descoberta na Espanha.
- Suposta?
- Se existisse uma igreja ali nós saberíamos.
Batista aproxima-se e abre um antigo papiro sobre a mesa, com muito cuidado para não destruí-lo com o manuseio, ele aponta para uma cruz sobre o mapa.
- O bispo Batista encontrou um antigo mapa onde esta catedral, e não uma igreja, é mencionada. Batista.
- Obrigado eminência, o padre Miguel tem razão em ficar confuso, este mapa estava na sessão proibida da biblioteca do vaticano e foi à única menção feita a ela, o mapa é do século XV e o nome da catedral foi apagado.
- O mais importante é o porquê esta catedral foi riscada dos nossos mapas.
Universidade de Oxford, Inglaterra, o professor Terry terminava de falar ao telefone, enquanto sua assistente entra silenciosamente em seu escritório com algumas pastas, Terry acerta os últimos detalhes e desliga o aparelho sorrindo.
- Está confirmado Angie, nossa equipe será a primeira a entrar naquela catedral.
- Parabéns professor.
- Acabei de saber que contrataram Rebeca, como geóloga consultora, também irão trazer um teólogo e um historiador.
- Somente três pessoas?
- Infelizmente o achado não foi nosso, foram exploradores do grupo de desenvolvimento tecnológico Cariaga e eles querem minha opinião como arqueólogo para validar a catedral. O próprio senhor Cariaga irá reunir a equipe em dois dias.
Naquela noite, em Los Angeles, o Sr. Cariaga estava em sua suíte privativa, ele bebe um gole de sua champagne enquanto observa sua amante, Sue, entrar no quarto vestindo um lingerie preto, a loira dança se despindo sensualmente e exibindo os enormes e suculentos seios, brincando com seu corpo, de quatro ela engatinha sobre a cama de Cariaga até cair em seus braços.
Cariaga era um amante intenso e Sue preferia o sexo selvagem, ela senta-se sobre seu amante, com as pernas abertas e joelhos apoiados no colchão, cavalgando sobre ele, seus seios saltavam, um convite para as mãos de Cariaga.
Pouco menos de uma hora depois os dois amantes estavam deitados na cama, Sue ainda nua, levanta-se para tomar ar, Cariaga observa seu corpo banhado pela luz da lua.
- Você está diferente hoje, querido.
- Em dois dias Sue, em dois dias vou estar onde nenhum homem esteve por séculos. Você sabe o que é isto?
- Você vai me deixar filmar a expedição?
- Se eu não confiasse nos seus talentos eu estaria com minha esposa neste momento.
Sue sorri e olha novamente pela janela.
- O que tem de tão especial naquela catedral afinal?
- Você quer dizer além do fato dela ter sido oculta no auge da inquisição e apagada de todos os mapas e estarmos falando de um lugar onde ninguém nunca mais esteve? Estamos falando de um tesouro da humanidade e se você fizer um registro perfeito Sue, vai poder escrever um livro exclusivo que será obrigatório em todos os cursos de história, antropologia e teologia do mundo.
- E quanto a você?
- Nem tudo se resume a dinheiro. Quando você chegar à minha idade e olhar para trás vai querer que sua vida tenha significado algo. Ter sido responsável por uma descoberta desta magnitude é o suficiente.
Dois dias depois um helicóptero pousa em um navio pertencente ao grupo Cariaga, Rebeca desce do helicóptero e é acompanhada por um funcionário até um salão improvisado dentro do navio, ela senta-se ao lado de Terry.
- Me diga em poucas palavras por que eu abandonei um estudo sobre os vulcões de Java para vir no meio do mar. Onde não existem vulcões.
- Dois pesquisadores provocaram uma explosão no subsolo do oceano, as ondas de energia afetaram uma antiga construção que escondia uma catedral. Uma catedral católica que nem o Vaticano conhecia.
- Pelo menos o pagamento é bom.
- Você não entendeu a importância do que estamos para fazer.
- Eu entendi muito bem sua animação, o que eu não entendi é o que eu estou fazendo aqui.
- A catedral está selada em baixo de uma construção de madeira e tijolos de barro, cobertos por terra senhorita Rebeca – Cariaga entra no salão improvisado e para ao lado dos dois amigos – acreditamos que a catedral foi enterrada lá pelo século XV, eu preciso que você nos diga até onde é seguro prosseguir.
Cariaga segue andando até um monitor, que projeta uma imagem de satélite na parede, as pessoas prestam atenção nas imagens que mostravam um grande espaço vazio contendo a catedral.
- Esta é a representação da catedral feita por nosso sonar, a Catedral tem 10 metros de altura, ela está cercada por um foço de cinco metros e coberto por uma tampa de madeira e barro de mais cinco, existem mais cinco metros de distância de cada lado da catedral.
A imagem na parede muda para uma representação da catedral em 3D.
- Meus especialistas afirmam que esta é uma catedral barroca do século XV, nem um pouco diferente das milhares de catedrais existentes na Europa. Ela foi construída perto da costa, longe de uma colina, o que é estranho. Os cristãos escolhiam o ponto mais alto para colocar suas catedrais.
A imagem muda mais uma vez para uma entrada submersa perto da praia.
- Meus matemáticos disseram que se fizermos uma entrada nesta "colmeia" que envolve a catedral toda a estrutura irá ruir, com ajuda de Hanna, minha guia de confiança, cavamos uma entrada submarina.
- Vamos ter que mergulhar? – Rebeca interrompe a apresentação.
- Menos de cinco minutos – Hanna responde prontamente.
- Não é o tempo que me preocupa, mas sim as condições da estrutura, um desabamento subaquático é muito mais perigoso.
- Entendo sua preocupação, mas eu guio expedições submarinas há mais de vinte anos, o que fizemos foi cavar por baixo da terra e abrir um buraco na terra.
- Muito bem - Cariaga retoma a palavra - nosso principal problema é uma porta de aço colocada sob a porta de entrada. Por isto precisaremos de sua opinião Rebeca, para decidir a melhor maneira de retirar esta porta. Não só você eu reuni os melhores aqui presentes. Terry, o melhor arqueólogo da Europa e, portanto do mundo; George historiador e professor da Universidade de Roma; Jackie nossa teóloga; Sue minha jornalista de confiança fará os registros em tempo real sobre a expedição e claro, Rebeca e Hanna que acabaram de se conhecer. Todos vocês serão acompanhados pelo meu chefe de segurança Tolói.
- Uma pergunta – Jackie ergue o braço – por que todo este trabalho para ocultar uma catedral? Por que simplesmente não subterra-la?
- Não sei.
- Não foram os mouros quem fizeram isto! – George toma a palavra – quem o fez quis preservar a catedral.
- Seja lá o que foi que aconteceu, saberemos amanhã.
Naquela noite ninguém consegue dormir de excitação, Cariaga olha fixamente pela janela, sem expressão, observando o local de repouso de sua catedral, Sue passa creme em seu corpo, deixando seus seios a mostra. Rebeca e Terry estavam do lado de fora do navio observando à costa. Hanna se junta a eles.
- É muito bonito – Hanna observa o oceano.
- Sim e me desculpe por contesta-la hoje à tarde.
- Sem problemas, você estava fazendo o que foi contratada para fazer.
- Você disse que guia pessoas em expedições submarinas há vinte anos? – Terry entra na conversa – não me parece possível.
- Não sou tão velha assim – Hanna contem o riso – aprendi com meu pai, aos dez anos fazia expedições com ele, aos 15 levava meus próprios turistas. Com 20 fui contratada por Cariaga.
- As pessoas não sabem, mas vocês têm contribuindo muito para a antropologia.
- É bom saber que estou sendo útil e você dois? Conhecem-se de onde?
- De muito tempo – Rebeca olha para o mar escuro – fizemos a Universidade no mesmo ano, depois nos separamos, cada um para o seu lado, nos reencontramos anos depois. Estudando vulcões e sua reação nas culturas antigas.
- Você esteve lá, na frente da catedral, o que achou?
- Estranho, os cristão não eram bons matemáticos, mas a construção está prefeita. Poderia ficar mais 500 anos de pé. A porta de ferro me intriga, não sei dizer, mas tem algo estranho naquele lugar.
No dia seguinte Os membros da expedição: Terry, Rebeca, George, Jackie Tollói, Sue e Cariaga vestem seus trajes de mergulho, Hanna estava na frente deles dando as ultimas instruções, uma equipe de mergulhadores que ia à frente levando equipamentos.
Hanna mergulha, seguida por todos, eles nadam para baixo, entrando em um túnel, apertado e escuro, Jackie ameaça voltar, mas Terry a puxa para si, os dois nadam próximo, o antropólogo ia cuidando dela. Em menos de cinco minutos todos saem por uma entrada no chão do receptáculo da catedral.
O lugar era imenso, com paredes de dez metros de comprimento. Quase quarenta de largura, no centro a catedral, majestosa, oculta do sol, protegida pela terra e madeira, trancafiada por uma porta de aço.
Rebeca afasta-se do grupo, maravilhada por estar dentro da terra, a construção era sólida, ela era a única a não estar maravilhada pela catedral.
- Rebeca – Cariaga a chama – a porta de ferro, o que você me diz?
A geóloga aproxima-se da pesada porta, aparentemente não havia nenhum impedimento para que esta fosse derrubada, George intervém.
- É estranho. Estas inscrições na porta, as catedrais existem para louvar Deus, os homens são tratados como meras ovelhas, nem merecemos citações. Mas esta porta trás menção aos homens. Jackie, por favor.
- Este é o brasão do rei da Espanha, os soldados com ajuda dos Jesuítas combateram um... não sei como dizer, inimigo?
- Demônio – George completa – este símbolo representa o demônio. Os demônios foram aprisionados na catedral, o poder de Deus foi usado para tranca-los.
- Devem ser bruxas. Pessoas mortas pela inquisição. Nesta época a igreja condenava a morte pessoas que pensavam ou eram diferentes desde doentes até aqueles que se recusavam a se converter ao cristianismo.
- É verdade Jackie, aqui. Uma inscrição. "Aqueles que encontrarem esta catedral, ela não é mais a casa do senhor, o mal se encontra trancado atrás de suas portas pelo sangue dos mártires e pela vontade de Deus".
Sue estava atrás deles filmando a porta e gravando a explicação dos dois estudiosos. – Não explica muito não é?
- Provavelmente a catedral contem alguns túmulos de pessoas julgadas pela inquisição – George tentava entender o acabara de ler – talvez um assassino terrível, como o lobisomem francês que assassinou e devorou dezenas de crianças. As pessoas ficaram assustadas e criaram a lenda do demônio.
- Faz sentido – Terry entra na conversa – Ninguém pode ser mais poderoso do que Deus, se existe um demônio na terra este deve ser esquecido, a catedral foi soterrada como uma representação toteinica do poder da igreja, ela destrói seus concorrentes e os apaga da memória. Assim como fizeram com as civilizações pagãs.
- Vamos derrubar esta porta – Cariaga toma a palavra – mas com cuidado para não danifica-la, ela é um tesouro da humanidade.
Enquanto a equipe de segurança puxava a porta de ferro com cabos próprios os exploradores preparava seu equipamento como lanternas, câmeras e microfones. Assim que eles escutam o som de algo pesado caindo Terry e os demais se voltam animados.
Uma corrente de ar percorre o local, um vento muito forte passa pelos pesquisadores, eles olham em volta, é como se não estivessem mais sozinhos. Não havia nenhuma entrada de ar que permitisse tamanha ventania.
Sob a porta de aço havia uma porta de madeira, esta é facilmente aberta, os seguranças iluminam a entrada com suas lanternas. Tolói, ele abre espaço juntamente a Hanna para que Cariaga fosse o primeiro a pisar na catedral, Sue registra a cena.
Hanna toma a frente juntamente com Tolói, os dois dão uma boa olhada na entrada da catedral, parecia que havia ocorrido uma luta lá dentro. Os bancos estavam espalhados e despedaçados pelo tempo, o altar tombado. Porém a pesada cruz de madeira estava no local.
Terry estava ocupado com a porta de madeira, ele reconhece marcas de arranhões pela parte de dentro. Rebeca aproxima-se dele.
- É o que eu estou pensando?
- Muito provavelmente. George?
O teólogo obedece prontamente, Cariaga e Sue o seguem até as marcas de arranhões na porta.
- Você disse que esta catedral pode ter sido um túmulo?
- Sim, mas parece ter havido uma batalha aqui dentro.
- Faz sentido, veja – Terry aponta as marcas de arranhões – seja lá quem for, foi sepultado vivo.
Hanna acende uma das tochas na parede da catedral, em seguida ela passa o fogo para outras tochas fazendo a luz, Sue filma em volta, sentindo um arrepio, como se alguém respirasse em seu pescoço, ela imagina ter visto algo na escuridão, ela aproxima-se reconhecendo uma entrada.
- Encontrei alguma coisa.
Os demais vão até ela, menos Jackie que estava hipnotizada pela cruz de ferro, era uma passagem dupla com duas escadas uma ia para uma das torres, a outra para as catacumbas.
- Se houver algum túmulo ele estará nas catacumbas – George tenta olhar na escuridão. Todos pegam suas lanternas e descem as escadas, menos Jackie.
Jackie afasta-se assustada, ela olha em volta como se perdesse o ar, sentindo alguma coisa ela e sobe as escadas correndo, na direção da torre, chegando lá ela se joga no chão, cansada pelo esforço. Ela não estava sozinha, havias paços.
- Quem está ai?
Jackie consegue ficar de pé, ela anda para o centro da torre, as madeiras estralam, passos pesados batem no chão, Jackie grita em desespero, novamente uma madeira estrala, desta vez sob seus pés, um braço surge do chão puxando Jackie pela cintura, em seguida outro e mais outros. Muitos braços seguram suas pernas e a puxam para o buraco no chão, de onde saiam ruídos animalescos, ruídos de seres que tinham fome. Jackie grita uma ultima vez antes de ser engolida. O chão volta ao normal, sem nenhum sinal de arrombamento. Jackie desaparecera.
Nas catacumbas os expedidores ouvem os gritos de Jackie, ao entreolharem-se percebem que ela não estava com eles. Terry sobe as escadas correndo, ele vai até a torre, seguido por Hanna e Rebeca, o local estava vazio. Eles escutam os gritos de Sue.
- Não, sai daqui.
Os três recuperam o fôlego e encontram-se com seus companheiros na entrada da catedral, Sue estava abraçada a Cariaga chorando e apontando para uma parte da catedral vazia, uma nova rajada de vento apaga as tochas.
- Temos que sair daqui – Sue estava desesperada – agora vamos!
Cariaga a contem, enquanto Terry olha em volta.
- É natural ter medo, mas temos que encontrar Jackie.
- Ela não está na torre?
- Não. Onde ela pode ter ido?
Após horas procurando a equipe volta para o navio, estava escuro e perigoso para mergulhar. Alguma coisa voltou com eles.
No navio Cariaga e Rebeca observavam na tela do computador a imagem da catedral transmitida via sonar, a partir desta imagem criara-se outra tridimensional com todos os objetos dentro da catedral.
- Está vendo, nenhum sinal da Jackie.
- Mas Cariaga, é impossível ela ter sumido.
- A precisão do equipamento é quase perfeita.
- Qual é precisão exatamente? – Terry estava apoiado em uma parede ouvindo a conversa dos dois.
- Baseado em qual parâmetro?
- É possível encontrar uma pessoa, mesmo morta?
- É possível localizar até mesmo ratos mortos. Onde estranhamente não existe nenhum rato nesta catedral.
- E nenhum forma de vida também.
- Aonde você quer chegar Terry? - agora Rebeca estava ficando confusa.
- Onde estão os mortos? George disse que a catedral era uma tumba. Mas ao entrarmos vimos tudo destruído certo? Havia arranhões na porta. Arranhões por dentro.
- As pessoas foram sepultadas vivas. – Cariaga percebeu onde Terry queria chegar – não havia nenhum corpo, aliás, nenhum sinal de decomposição de corpos, vermes ou até mesmo ratos. Nem sequer mariscos que poderiam ter entrado pelo túnel que abrimos. As lampreias entram pelos túneis feitos pelo homem. Mas nenhum animal marinho chegou perto.
- O que vocês dois querem dizer?
- Rebeca, existe alguma coisa naquela catedral que deveria ter sido deixado em paz.
- Por favor, Terry.
- Você sabe que eu sou cético, mas aquela catedral viola as leis da física.
- E o que os cientistas fazem quando encontram alguma coisa que eles não entendem?
- Tem razão. – Terry sai da cabine de observação e caminha pelo dique, quando vê uma neblina densa, se formando espontaneamente em um ponto isolado do céu cobrindo a embarcação, ele ouve sussurros na escuridão, sons de pessoas agoniadas e passos pesados sobressaindo-se como alguém imponente e cruel. Os passos soam como cascos andando no assoalho.
Sue estava dormindo profundamente graças à medicação que ela tomara, mesmo assim ela revira-se na cama, como se seu instinto de autopreservação fosse mais forte do que qualquer medicação. A luz da lua que passava pela janela da cabine é obscurecida por uma aranha gigantesca que descia do teto.
A aranha aproxima-se da cama onde Sue dormia, duas de suas patas apoiam-se no colchão, fazendo força para elevar o corpo pesado. Com seu abdômen a aranha puxa o lençol e anda sobre o corpo de Sue, suas patas dianteiras acariciam o rosto da moça, descendo para seus seios.
Sue começa a acordar, sentindo algo passear por seu corpo, ao abrir os olhos ela se depara com uma aranha gigante preparando-se para estupra-la. Sue tenta gritar, mas a aranha coloca uma de suas patas na boca de Sue, enquanto abre suas pernas e encacha seu corpo sobre o de Sue, a envolvendo com suas outras patas e a elevando.
Terry entra na cabine de George, este assistia a gravação da entrada na catedral com fones de ouvidos e não escutou Terry entrando. O arqueólogo coloca sua mão no ombro de George que pula de susto.
- Filho da puta, não faça mais isto.
- Desculpe, eu bati na porta, mas você não ouviu. Vim saber se você descobriu alguma coisa?
- Acho que sim – George estava assustado – não vi nada de diferente na gravação, mas ouvindo o áudio. Bom ouça você.
George tira o plug dos fones de ouvido e liga a gravação no ponto onde eles estavam na frente da porta que levava a duas escadas. Agora ouça "Se houver algum túmulo ele estará no subsolo" – ao fundo havia um murmúrio.
- Você ouviu este som?
- Sim.
- Vou tirar nossas falas e aumentar o som ambiente, os dois ouvem gritos de desespero de homens e mulheres. Os homens se olham em silêncio, visivelmente perturbados, George abaixa sua cabeça, respira fundo e tenta explicar:
- São pessoas gritando certo?
- Desculpe George, mas eu pensei que você era uma pessoa séria.
- Se alguém me contasse eu não acreditaria nesta história, agora ouça – George liga outra saída de som e repete os lamentos da primeira gravação. Junto aos gritos eles escutam algo diferente, um urro desumano e faminto preenche a pequena sala.
- Você escutou algo parecido quando estávamos naquela catedral Terry?
Terry permanece em silêncio observando o aparelho de som, tentando compreender o que ouvia.
Hanna estava na cabine de comando com o capitão, com a chegada do nevoeiro os equipamentos param de funcionar. Ela sai da cabine correndo até o convés, tentando enxergar algum ponto de referência. As estrelas sumiram, assim como a costa e o horizonte. A névoa cobria tudo.
- O que está acontecendo aqui.
Seus pensamentos são interrompidos pelo grito do capitão, Hanna volta correndo para a cabine de comendo, esta estava deserta. Hanna olha atentamente em todas as direções, procurando uma explicação.
Hanna desce as escadas correndo procurando a cabine de Tolói. Ao abrir a porta a cabine estava deserta, porém com manchas de sangue no chão. Ela volta a correr, desta vez para a parte mais baixa do navio, em busca dos demais trabalhadores. Ao chegar ao depósito a guia encontra os funcionários, estavam todos mortos.
Pé ante pé Hanna caminha por entre os corpos dos funcionários mortos, o som de cascos sobre o chão passa atrás dela, Hanna ouve um riso de desespero. Guiada pelo som Hanna encontra Tolói sentado no chão, chorando de rir, com expressão de dor e angústia cerrando a própria perna compulsivamente.
Hanna tenta-se afastar quando percebe uma porta abrindo lentamente. A garota encolhe-se contra a parede, uma mão humanoide sai de trás da porta, a segurando e a abrindo lentamente. Um ser albino, sem olhos, com a boca repleta de dentes sai da dispensa. Hanna estava desesperada, contendo o choro.
O ser albino fareja o ar e rosna ao pressentir o cheiro de Hanna, que foge o mais rápido que consegue, o ser albino a persegue, a guia bate a porta sobre a criatura, sobe as escadas e vai para o deque atropelando Terry.
- O que foi?
Hanna tenta continuar fugindo, mas exausta ela apenas engatinha, Terry a segura, ela olha para as escadas e percebe que estão sozinhos.
- O que aconteceu? Hanna? Hanna! – Terry a chacoalhava.
- Estão todos mortos.
- Quem?
- Tolói, os trabalhadores. Todo mundo. O capitão desapareceu.
- Precisamos de ajuda.
- Não com este nevoeiro. Ninguém virá nos buscar.
Pouco depois Terry e Hanna entram na cabine de observação, Cariaga e Rebeca continuavam estudando as imagens da catedral. Os dois se assustam com a intrusão.
- Por Deus, o que significa isto Hanna?
- A tripulação está morta ou desaparecida senhor Cariaga.
- O que?
- Terry, o que significa isto?
- O que você ouviu Rebeca. Não sei o que está acontecendo, mas a Hanna disse que a tripulação estava morta. Precisamos sair daqui.
- Não estamos muito longe da costa – Cariaga assume o comando da situação – vamos nos arriscar em um bote salva-vidas. Vou buscar a Sue, volto em dez minutos.
- Eu vou buscar o George – Terry a abre a porta da cabine – nos encontramos aqui.
Os dois homens saem pelo nevoeiro, Hanna tranca a porta, olhando em volta, ainda muito assustada.
- O que você está escondendo?
- Você não vai acreditar se eu contar, eu mesma não acredito.
- Tenta.
Enquanto Hanna conta sobre Tolói e os outros, George continuava trabalhando com os fones de ouvido. Um par de braços surge da escuridão e abraça o teólogo, o tragando para a escuridão. Pouco depois Terry abre a porta de sua cabine, ele ouve o som dos gritos de desespero da gravação, à cabine estava vazia e a cadeira tombada.
Cariaga entra lentamente na cabine de Sue, a loira estava deitada de lado, pela sua expressão ela sofria muito.
- Desculpe, mas temos que ir, tem alguma coisa acontecendo.
Sue começa a chorar, pressionando o estômago com fortes dores, Cariaga deita-se na cama e leva sua mão ao ombro dela.
- O que foi? Sue, por favor, o que você está sentindo.
Sue ameaça vomitar, de sua boca saem milhares de aranhas, que rapidamente preenchem a cama e o quarto, Sue morre enquanto as arranhas sobem pelas paredes e pulam sobre Cariaga, que foge da cabine, coberto pelas aranhas, correndo em desespero pelo navio e se perdendo no nevoeiro, para nunca mais ser encontrado.
Terry volta para a cabine de comando, ele ouve os gritos de Cariaga, as duas mulheres o acompanham, eles tentam seguir Cariaga, mas seus gritos desaparecem no nevoeiro. Rebeca cai de joelhos no chão, sentindo muitas dores ela leva sua mão ao rosto e em desespero sai correndo na direção contrária.
- Rebeca! Merda, vamos Hanna.
- O que está acontecendo aqui.
- Não sei o George, também sumiu.
- Nenhum de nós vai sair vivo daqui.
Os dois param cansados, não importava o quanto andavam eles pareciam não sair do lugar, Terry deixa suas costas caírem contra a parede de uma das cabines, Hanna caminha até o convés, ao olhar para o mar ela ouve gritos de dor. Não havia mar, apenas um espaço negro.
- Nós vamos sair daqui, está me ouvindo?
- Você sabe que esta é uma mentira.
- Hanna.
- Não, Terry. Você já entendeu o que está acontecendo aqui.
- Do que você está falando?
- Pare de pensar e comece a sentir. As inscrições na porta de aço. Você se lembra delas? "O mal encontra-se trancado atrás destas portas" você se lembra?
- Não começa você também. O George falava em inferno.
- E se tivemos aberto uma porta para o inferno?
Rebeca entra desesperada em um banheiro, ela apoia suas mãos na pia e levanta sua cabeça lentamente para se olhar no espelho, ela sentia que havia algo de muito errado com seu rosto e tinha razão.
Ela se olha lentamente, não havia mais pele, nem carne eu seu rosto, apenas uma camada branca, os olhos negros e fundos, um sorriso demente surge em seu rosto. Rebeca não contém o riso. A geóloga gargalha insana.
Terry e Hanna estavam discutindo quando ouvem a gargalhada de Rebeca, os dois seguem aquela gargalhada, que torna-se mais alta. Rebeca salta sobre Hanna, a atingindo com um machado de incêndio.
Rebeca joga o machado longe de se debruça sobre Hanna devorando sua carne, Hanna grita de desespero ao ser comida viva. Terry acerta Rebeca com o machado, ele gira seu corpo cravando o machado na cabeça de Rebeca. Só então ele a reconhece.
- Rebeca?
Hanna engatinhava chorando, ela estica sua mão para Terry chorando – Por favor.
Rebeca começa a se mexer, Terry apoia Hanna em seu ombro a carregando para longe. Os dois estavam em um imenso corredor, sem portas, sem fim e sem esperança. Os dois caem no chão. Terry começa a estancar o sangue de Hanna.
- Tudo bem, vai ficar tudo bem.
Hanna o abraça em silêncio enquanto Terry termina de estancar seu sangue, Hanna sorri para Terry a apoia s cabeça em seu ombro.
- Escute Hanna, você não vai morrer, prometo. Nós vamos sair vivos deste navio, daqui a pouco o nevoeiro pai passar.
- Eu acredito em você.
Os dois ouvem o som de cascos batendo sobre o chão, como se algo muito grande caminhasse sobre duas patas. O som dos cascos ia ficando mais forte, Hanna e Terry apertam o abraço, eles nunca sentiram tanto medo em sua vida. Toda esperança os abandonou, Aquilo que andava sobre os cascos aparece para eles. Era inominável.